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Fragilidade

Aug 5

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Vou encinerar tua pureza,

jogar-te em tristeza,

lançar-te na escuridão,

do meu labirinto mais sórdido.


Fincar-te as unhas,

e despir-te do invólucro,

fazer-te indefesa, transparente,

sem esse teu fingimento medíocre

que me provoca asco,

que arranca a inércia do meu estado alfa.


Vou cravar nas tuas ideias

a estaca que mais te dá fobia,

zerar esse teu conteúdo desprezível

que se desacerta e confunde tua tradução,

que te faz bruto,

sem lapidação, sem brilho próprio.


Vou desfazer toda sua falsa ignorância,

toda sua pretensa tolice,

toda sua inexperiência camuflada em atitude,

meter-te na lama para te esculpir novamente,

te retocar, te refazer, te renascer,

para conseguir te provar diferente,

para te provar que sou capaz,

de te mirar e acertar meu disparo,

de te admirar sem dissolver minha lucidez,

de te tocar sem tremer,

sem baixar a guarda,

sem esquecer quem eu sou.


Aug 5

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