Viajo a cada segundo,
Na pureza e no encanto
de estar no seu mundo.
Sentindo a confusão do seu verbo
e do emaralhado de suas palavras.
Não perdida,
apenas andando em círculos,
Na inconsistência do tempo.
E o tempo voa, as horas passam rápido,
e eu encontro você,
estranho, indecifrável, inconfundível,
e não preciso de mais nada.
E assim se guardam os momentos,
de segundo a segundo
em sentidos desajeitados,
bucólicos,
frenéticos,
avançando na órbita das cores,
dos odores,
dos sabores.
alinhando os gostos,
e desgostos.
redescobrindo sentidos,
afinando sentimentos,
ajustando ritmos.
E assim passam os segundos...
as cores, as linhas,
os momentos permanecem.
As coisas ficam registradas
num tempo
chamado para sempre.
Você pode cheirar,
provar,
rir.
E a inconstância,
de segundo a segundo,
como uma Hidra de Lerna
quanto mais você corta uma perna,
nascem logo duas.
E você não pode tomar atalhos
não tem importância prever,
prevenir,
distinguir.
Eles não são pontuais, esse é o nosso presentee.
É uma caixa de Pandora
o que foi ontem pode não ser hoje
Se hoje te vejo, amanhã quase que te esqueço.
Se te sinto agora, amanhã te perco nos pensamentos
indo e vindo
por caminhos que às vezes não tem qualquer intersecção.
Você me relaxa,
me leva a um estado de calma
isso me confunde,
me desafia,
me engana.
Me dá vida,
me confunde,
me acrescenta,
mas às vezes tira.
Isso me entorpece,
me estimula,
me distrai.
É o que sinto em um segundo,
Viajando na dor e na delícia de estar com seu mundo
Criando, recriando e aprendendo meus sentidos
Dirigindo os passos,
desacelerando os medos
Guardando segredos
nos labirintos mais secretos
Mantendo você
naquela parte
que eu guarda apenas coisas boas.